quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A PARAÍBA SAI NA FRENTE






O Jornal da Paraíba lança mais um projeto inovador: a primeira edição digital para deficientes visuais do país. A novidade, que será lançada na quarta-feira (8), a partir das 8h no Garden Hotel, em Campina Grande, vai disponibilizar diariamente o conteúdo completo do jornal através de um recurso multimídia que oferece aos deficientes visuais a oportunidade de ouvir as notícias na íntegra, da mesma forma que são publicadas na versão impressa. Uma iniciativa pioneira que deve facilitar a vida de mais de três milhões de pessoas com limitações visuais no Brasil.
“O projeto é de um alcance social fora do comum porque propicia a interatividade das pessoas cegas a um mundo digital por meio de uma ferramenta antes esquecida por esse público, que é o mouse”, avalia o presidente do Instituto dos Cegos de Campina Grande, John Queiroz de Lima.
O coordenador de Métodos e Sistemas do JORNAL DA PARAÍBA, Washington Lima, responsável pelo desenvolvimento do projeto, conta que a tecnologia do sistema foi toda elaborada na própria empresa com o objetivo de apresentar à sociedade um produto que permitisse ouvir as notícias a partir de uma tela com leitura eletrônica.
“O setor de desenvolvimento criou uma tela sintetizada que emite sons a partir do movimento do cursor, denominado módulo de leitura eletrônica. Através deste recurso, o mouse passa a ser fundamental para quem quer se atualizar via internet, mas não tem visão ou não teve oportunidade de aprender a ler”, explica Washington Lima sobre o mais novo projeto de responsabilidade social do veículo.O sistema funciona através de uma tela inteligente mapeada com letras que identificam a coluna e números que indicam a linha exata em que o cursor se encontra. Entre as vantagens oferecidas pelo serviço se destaca a acessibilidade, pois o computador do usuário não precisa de nenhum programa para começar a ler as notícias da edição digital, podendo se atualizar até mesmo de uma lan house.Para o presidente do Instituto dos Cegos da Paraíba, a inovação não vai auxiliar apenas as pessoas com a visão comprometida, abrangendo também os usuários que não dominam a exploração digital e os idosos com visão limitada que poderão aproveitar mais o uso do computador através do sintetizador de voz.
“No Brasil, apenas de deficientes visuais há cerca de 300 mil incluídos na rede pública e particular de ensino, chegando a um total de 3 milhões de pessoas cegas ou de baixa visão no país. É um público-alvo muito grande a ser almejado e esse laboratório feito aqui certamente vai se expandir país afora e despertar também em outras entidades o interesse em explorar essa ferramenta. Será uma página bastante acessada”, espera o presidente. http://www.paraiba1.com.br/noticia_aberta?id=12882


Se já contávamos com o auxílio de software JAWS, agora com um site destinado aos deficientes em exclusividade, é prova de que a consciência e percepção da sociedade já começa a dar bons frutos. É nessa perspectiva que continuamos caminhando, na certeza de que muito se tem a fazer ainda, mas que já demos alguns passos significativos.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Percebe-se que o apoio de profissionais especializados na escola vem contribuir sigificativamente neste processo de transição de enfoque metodológico, na identificação dos tipos de necessidades educativas, no planejamento e elaboração de stress e favorecendo a aprendizagem significativa para todos que fazem a escola. A inclusão precisa de parceiros dispostos a mudar de atitudes e de crenças, uma barreira intranponível e, portanto, faz-se necessário vencê-las para a efetivação da inclusão. Assim, as ações investidas na educação das crianças, jovens e adultos, precisam, antes de tudo, desenvolver esse olhar, e buscar parceiros, como colaboradores comprometidos aom o fazer, com o pensar, com o refletir às práticas pedagógicas, na organização e reorganização de ações que responda às necessidades de cada aluno. No entanto, nós como profissionais da educação, sabemos para que a educação atinja todas as pessoas de igual modo, é necessário, também, um investimento de redes relacionadas que valorizem a diferença, elevando a auto-estima, o sentimento de pertencer à família, a escola, assim como es espaços de lazer e outros diferentes momentos que possam contribuir significativamente com o processo de inclusão educacional e social.
A inclusão hoje, vai além de uma proposta escolar, vem valorizando a importância do educar para a convivência numa sociedade diversificada, onde o encontro das diferenças físicas, sociais, culturais e ideológicas são condições principais para a transformação de toda uma sociedade.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A medalha de ouro é nossa___________



Nossa equipe de futebol brasileira. Nosso orgulho dentre tantas outras que brilharam nas paraolimpíadas em Pequim. O futebol para cegos, aliás, também trouxe o ouro em Atenas. Mais um orgulho em especial para nós, é que temos no elenco da equipe 5 paraibanos. O que mais queremos? O que mais precisamos? De muito, muito mais... necessitamos de um reconhecimento em todo o tempo, para toda a vida, não apenas em olimpíadas, mas na olimpíada diária, dentro de nossa sociedade, que ainda, é tão exclusiva. A cada dia damos mais um passo para a inclusão, mas ainda é muito pequeno. Não restam duvidas que muito já avançamos, mas queremos e merecemos mais. Os nossos deficientes visuais brasileiros, já mostraram por várias e repetidas vezes que são capazes de muito mais que nossas mentes exclusivas pensam. Já nos mostraram que são exemplos de superação. Aliás...... não desmerecendo o futebol masculino brasileiro de videntes, agora nas olimpíadas em Pequim (3º lugar) e o feminino (2º lugar), tivemos merecidamente, medalhas de prata e bronze no futebol para videntes. Mas temos agora, no futebol para cegos nas paraolimpíadas, o primeiríssimo lugar, somos medalha de ouro, ou seja, somos o melhor de todo o mundo. Mostramos que o país do futebol, também pode e deve ser o país da inclusão, da superação, da capacidade, do orgulho, do amor.................

Parabéns a toda a equipe e comissão técnica das paraolimpíadas, em especial a todos os esportes que tiveram seus deficientes visuais nos representando e mais especial ainda, ao futebol masculino.

Muitíssimo obrigada aos nossos paraibanos que mais uma vez honraram nossas cores e nossa luta. Vocês são verdadeiros exemplos a serem seguidos!!!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008


A proposta de inclusão deve começar antes da assistência de uma pessoa com deficiência. Começa com a nossa história, cujo começo está antes de nós e passa pela concepção, nascimento e fases episódicas da vida; marcadas pela escolarização, profissionalização, vida afetiva e continua até a morte. Os desafios que se sucedem são medidas em que se abrem os campos de ação. Cada situação desconhecida exige uma atitude nova, um novo comportamento. Quanto mais arriscamos, ficamos mais sujeitos a enfrentar situações cada vez mais complexa. Só quem não arrisca, não comete erros e também não acerta, ficando paralisado sem o impulso da ação. A inclusão de alunos e alunas com deficiência visual em escolas regulares desde o início da escolarização é possível mediante condições apropriadas. A inclusão é dificultada pela falta de condições de um país com o perfil do Brasil, onde o sistema educacional não acomoda porque se mostra deficiente para resolver seus principais problemas. Outro aspecto a ser salientado é o fato que nos últimos anos as pessoas com deficiências estão assumindo sua própria voz. Antes, havia sempre quem falasse por elas em nome de suas necessidades sem nunca tê-las interrogado. O movimento das pessoas com deficiência é recente, apresentando-se desorganizado e com problemas. Mas, não deixa de representar um avanço, apesar de não escapar às malhas da segregação. É até possivel colocar um cego numa classe comum de escola rgular, porém, os livros são todos os impressos no sistema comum. Nessas circunstâncias, torna-se necessário utilizar a tecnologia Braille para copiar e fazer os trabalhos escolares. Percebi que com a criação do sistema DOSVOX, os deficientes visuais passaram a utilizar o computador para executar tarefas como edição de textos (com impressão comum ou braille) leitura/audição de textos anteriormente transcritos, utilização de ferramentas de produtividade faladas (calculadora, agenda, etc), além de diverss jogos. Hoje esse sistema vem sendo utilizado por mais de 800 cegos de todo Brasil, devido o seu custo muito baixo - o sistema foi industrializado e hoje é vendido por menos de 100 dólares. Através do uso do DOSVOX os alunos e as alunas passaram a fazer trabalhos de modo que poderiam ser facilmente compreendido pelo professor. Percebemos que a cada dia a tecnologia tem avançado e junto com ela, espero que o coração de todas as pessoas espalhadas pelo mundo inteiro. Precisamos de uma sociedade mais justa, mais igualitária, precisamod de uma sociedade onde todos possam ter e sentir as mesmas alegrias, as mesmas tristezas e atravessar com as mesmas possibilidades os mesmos obstáculos....é em busca dessa sociedade, que estamos aqui, arregaçando as mangas e abraçando essa causa.......................O INSTITUTO DOS CEGOS DE CAMPINA GRANDE PRECISA DE TODOS NÓS!!!

Um pouco da história do Instituto

Em 1952 é fundado em Campina Grande o Instituto de Proteção aos Cegos, tendo como seu fundador o advogado e professor José da Mata Bonfim. A finalidade dessa fundação era interiorizar o atendimento às pessoas cegas, beneficiando ambos os sexos, sendo para pessoas cegas ou de baixa visão, proporcionando-lhes a integração na sociedade, através de um processo educacional. Apenas no ano de 1959, o Instituto teve seu real reconhecimento, quando foi inaugurada a primeira sede, na Rua Nilo Peçanha no Bairro da Prata. No ano de 1963 o Instituto passa a ter o seu funcionamento efetivado devido a direção da casa conseguir programar o regime de internato, vinso assim, a proporcionar as pessoas com deficiência visual uma maior e melhor assistência. A instituição buscava construir uma atmosfera familiar, oferecendo a seus internos e internas, quartos com camas, refeitório, bibliotecas braille, alimentação, ensino e roupas grátis. A entidade não era vista pelo alunado apenas como um lugar para o estudo, mas também como um lugar onde poderiam se divertir e morar, já que alguns vinham de outras cidades. Em 1964, a Prefeitura Municipal de Campina Grande, doou ao Instituto um terreno localizado na Rua João Quirino, no Bairro do Catolé, para a construção da sua sede própria. Devido a sua falta de renda, a construção só teve inicio em 1968, com a ajuda financeira vinda do Governo Federal e Estadual, das campanhas oferecidas pela instituição para arrecadar fundos para a construção da nova sede. Essa nova sede ao ser construída, foi renomeada de Instituto de Educação e Assistência aos Cegos do Nordeste, sendo inaugurada em 1971. Porém, no ano de 1994, o Instituto tem suas portas fechadas depois que a Procuradoria do Patrimônio Público instaura inquérito para apurar denúncias de desvio de verbas e a venda ilegal de parte do terreno. Em 1999 se dá início a recuperação da entidade, tendo nesse momento como novo presidente Antonio Oliveira, que assumiu a responsabilidade, juntamente com os demais dezessete componentes da diretoria, formada por ex-alunos e alunas da entidade. O Instituto foi reaberto em 2000 pelo Professor Jonhon Queiroz de Oliveira, tendo como objetivo preparar o deficiente visual para sua integração na sociedade, através de um processo educacional, visando desenvolver integralmente a sua personalidade, orientando-o ao conhecimento de seus direitos e deveres. Atualmente o Instituto de Educação e Assistência aos Cegos do Nordeste, funciona no sistema integral atendendo cerca de 175 deficientes visuais, sendo estes, cegos e cegas e pessoas de baixa visão, lhes oferecendo gratuitamente serviços nas áreas de educação, saúde, assistência social, música, informática e de esportes adaptados, como também alojamento e alimentação. O atendimento escolar é realizado desde a educação infantil até o ensino fundamental, vindo a oferecer também cursos de informática, supletivo, aulas de locomoção, atividade da vida diária, música. O corpo docente é constituído por professores (as) qualificados e habilitados nas diversas áreas de atuação. Todos os (as) instrutores são especialmente treinados para o ensino especial, estes treinamentos são oferecidos pela própria entidade. O instituto tambem dispõe de um grande número de voluntários que atuam nas diversas áreas como, por exemplo, na biblioteca, que tem voluntários ledores, os quais lêem e gravam revistas, livros, apostilas para os estudantes que ainda não desenvolveram a tecnica de leitura. No processo educacional, o instituto procura educar, habilitar e dar assistência aos deficientes visuais, desenvolvendo programas como: PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE / PROGRAMA DE BRAILLIZAÇÃO / PROGRAMA DE ESPORTES ADAPTADOS / PROGRAMA DE MÚSICA / PROGRAMA DE INFORMÁTICA / PROGRAMA DE ATIVIDADES DIÁRIAS / PROGRAMA DE ACELERAÇÃO E PROGRAMA DE BIBLIOTERAPIA.